segunda-feira, 3 de setembro de 2012

SAÚDE NO LIVRO DE BIOLOGIA

Uma possibilidade?

O contexto
O recorte do mundo real, aqui entendido como corpus, será abordado a partir do contexto da saúde humana e da Educação em Saúde (ES). A saúde humana será compreendida aqui a partir das abordagens biomédica, comportamental e socioambiental (WESTPHAL, 2006). Este contexto será representado por um universo de descritores, desde que façam sentido e, sejam passíveis de identificação no universo particular, textual e imagético fixo do LD de biologia, com toda a sua questão semântica. Este universo de signos imagéticos fixos e textuais, que buscamos na coleção do LD de biologia eleita para estudo deve ser pertinente ao campo da educação em saúde no âmbito do espaço escolar. Como consequência dessa abordagem entende-se que os textos ou imagens fixas que não constituam parte deste universo semântico, ainda que presentes no LD em análise, não constituirão parte do objeto de análise.
Nesta busca de identificar o contexto entende-se que a semântica seja um instrumento crucial, pois essa trata de questões como a identificação da polissemia, da conotação, denotação e homonímia. Isso além da questão das frases imperativas, presentes ou não, que seriam indicativas da posição do sujeito escritor-autor, em relação ao leitor.

A saúde (humana)
Saúde, segundo definição assumida pela Constituição da Organização Mundial de Saúde - OMS (1948), a saúde é: um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não simplesmente a ausência de doença. Em tempo deve-se salientar que se trata da saúde humana tão somente. Entende-se também que a questão da saúde, seja mais ampla, como o já preconizado na Conferência de Ottawa em 1986. E entre os diversos aspectos presentes na Carta podemos enumerar como pré-requisitos para a saúde, a paz, educação, habitação, alimentação, ecossistema estável, recursos econômicos, recursos sustentáveis, justiça social e equidade. Os itens enumerados devem ser suficientes para que percebamos o quão distante encontra-se a definição de saúde da OMS e o estabelecido em Ottawa.
Entende-se aqui como a leitura procedida por Naomar, (2002), em crítica a Boorse (1975) de que a resolução do que seria a definição de saúde, seja ela positiva ou negativa ou, de doença, esteja ainda um tanto distante de uma decisão final, pois essa “equação” ainda depende de um comungar entre paradigmas próprios da medicina, da biologia e da saúde coletiva. Esse conversar entre vários saberes passaria segundo Naomar, (2002), até pela transversalidade de saberes e signos dos mais diversos, de uma semântica própria de cada campo, incluindo a questão epistemológica da criação de uma Ciência da Saúde (Naomar, 2002, p.888).
Tendo em vista a discussão que permanece em embates contra ou “a favor da TBS – Teoria Bioestatística da Saúde, Borseana” , que se faça aqui, um recorte que possibilite o entendimento do contexto no LD de biologia. Para tanto se recorre aqui aos descritores obtidos até então, aliado aos estudos de textos do campo, da análise prévia do LD utilizando-se a Análise de Conteúdo (AC) (BARDIN, 1977) e, do contexto da Educação em Saúde (ES), proposto por Mohr (2002). Então se entende aqui a saúde como ausência de doença, apenas como um recorte no corpus analisado.


Educação em Saúde (EA)
Educação e saúde são dois temas que permeiam o espaço escolar. Isso se dá com uma propriedade que apresenta características peculiares, pois os signos de cada campo em simultaneidade interagem e conferem as características do contexto escolar. Segundo Lomônaco (2004):
“a Educação em saúde é um campo multifacetado para onde convergem diversas abordagens das áreas da “educação e da saúde”, a educação em saúde apresenta componentes das duas áreas, mas que não se pode analisar no ambiente escolar como entidades separadas porque seus objetivos convergem” Lomônaco (2004, p.4).

Há uma polissemia resultante da interação entre educação e saúde, e que mantém uma interface no espaço escolar, o que gera enfoques diferentes possibilitando vários trabalhos no campo da educação como, por exemplo, LEVY, 2009; SCHALL e STRUCHINER, 1999; MOHR, 2002. Nessa visão com signos vários que permeiam o espaço escolar, entende-se que o currículo escolar seja uma das vias de entrada dos conteúdos da saúde e da educação não só como apropriação de saberes, mas da própria formação do sujeito. Essa via de entrada é de certa forma unificada na Educação em Saúde como percebemos em Mohr (2002).
Especificamente Mohr (2002), faz referência ao currículo escolar, um dos instrumentos norteadores no Ensino Médio; enfatizando uma preocupação pedagógica, e adotando uma classificação para a Educação em Saúde (ES). Mohr (2002) emprega o termo “Educação em Saúde” para designar atividades realizadas como parte do currículo escolar que tenham intenções pedagógicas definidas e relacionadas com a saúde seja esta individual ou coletiva. Entende-se que esse possa ser um dos aspectos da questão da educação em saúde, já que o discurso na escola prima pela questão educativa respaldada por um currículo, forma oficial de entrada de conteúdos no espaço escolar, sendo o currículo um documento característico do ambiente escolar. Em outra análise, Mohr (2002), aponta a possibilidade de um critério de classificação para Educação em Saúde (ES). A classificação em ES seria: ES comportamentalista e ES para escolha autônoma. No primeiro caso tratar-se-ia de um sujeito com um comportamento a priori que, em comunicação, ou em ação educativa em relação ao espectador, possui como objetivo modificar a posição enunciativa do outro a posteriori. No segundo caso, o espectador apresenta uma autonomia em incluir ou não o novo, em uma abordagem construtivista (MOHR, 2002 p.41). Afirma, ainda, que autores utilizam termos como “educação para a saúde” e, no Brasil utiliza-se também “educação sanitária” (2002, p.42). Segundo a autora, a concordância entre os pesquisadores em relação aos termos, nem sempre ocorre. É, em meio a este embate, também que se dá este objeto de pesquisa.
A metodologia e os dados
Opta-se aqui por um recorte metodológico com aporte teórico da Análise de Conteúdos (AC), de proposição da autora Laurence Bardin (1977). Nesse recorte o tema é constituído por um contexto de exigência formado pelas Conferências Internacionais sobre saúde e promoção da saúde, por abordagens da saúde, como a biomédica, a comportamental e a socioambiental, segundo Westphal (2006), e ainda por dimensões educacionais, representadas pela Constituição Federal, Lei de Diretrizes e Bases (LDB) 5692/71, pelas Diretrizes Curriculares (DCN) e pelos Parâmetros Curriculares Nacionais de Biologia (PCN + de biologia). A opção por este recorte se deu com a pretensão de um não afastamento, do campo da educação sem perder o foco da questão da saúde.
O procedimento para aproximação e a obtenção dos dados apresentou o seguinte curso: Uma leitura flutuante dos Livro Didáticos de biologia que seriam avaliados, leitura de artigos que tratavam da educação em saúde, de dissertações sobre o LD de ciências, dissertações sobre temas presentes no LD de biologia, leitura dos PCN+ de biologia, de avaliações do LD no PNLD e reuniões de grupo de estudo.
Entendeu-se existir a necessidade de uma categorização dos dados obtidos, para aproximação do “corpus” e posterior análise. Nesse momento constatou-se a necessidade da utilização de uma ferramenta para a coleta dos dados. E entendeu-se que a utilização de tabelas que possibilitassem a quantificação seria útil, pois se partiu da premissa que tabelas permitiriam uma abordagem privilegiada das categorias eleitas, quando utilizamos a Análise de Conteúdos (AC) como um instrumento de análise .
A construção das tabelas incluiu uma categorização. Nesse caso optou-se pela Análise Textual Discursiva (ATD) como arcabouço teórico para embasar a questão da categorização. Esta opção parece aproximar-se a contento do objeto de estudo porque nãos etrata da Análise do Discurso (AC) ou da AC considerando os diversos aspectos da linguagem. E com base neste referencial teórico (ATD), optou-se por categorias emergentes, também denominadas, categorias de modo aberto, segundo Galliazi e Moraes, (2007, p.117, 118), quando afirmam que essas categorias emergiriam, seriam construídas a partir dos dados por indução. Porém inicialmente a categorização se deu do modo a priori em que foram trazidas para a produção da tabela as categorias mais gerais como a abordagem da saúde – biomédica, comportamental e socioambiental, e as dimensões educacionais – PCN+ de biologia, DCN e Constituição Federal.
Os dados obtidos levaram em consideração o contexto. E nesse caso o contexto era da saúde humana sob a dimensão educacional, isto é, o contexto de alguma forma teria que se relacionar com a educação e apresentar uma relação com a questão da saúde humana. E o procedimento para a coleta de dados foi a utilização da tabela B1 (ver apêndice 1) em que o parágrafo constitui a unidade de registro que possui um sentido próprio. Como argumento para essa assertiva toma-se aqui Bardin (1977), como um referencial.
O contexto presente nos parágrafos do LD analisado foi identificado com base em descritores obtidos a partir das cartas das conferências Internacionais, das abordagens sobre a saúde – biomédica, comportamental e socioambiental, segundo Westphal (2006), da LDB, de DCN e dos PCN+ de biologia. Ainda se deve aqui esclarecer que à abordagem biomédica foram adicionadas as teoria microbiana, medicalista, biologicista, fisiologicista, sanitarista e epidemiologista. Esse procedimento se deve ao fato que essas abordagens de alguma forma mantêm uma proximidade temporal e epistêmica suficiente e satisfatória para nossa análise. Esse contexto foi alocado em duas Tabelas A1 e A2 produzidas inicialmente e que apresentavam as seguintes características:
A 1ª coluna se referindo ao contexto a 2ª coluna recebia o título TEMAS e apresentava 03 (três) colunas menores com seguintes tópicos: 1- Conferências Internacionais; 2-abordagens da saúde e 3-Dimensões Educacionais. As abordagens da saúde presentes na coluna 2 eram: biomédica, comportamental e socioambiental e em 3- as dimensões educacionais que são: Os documentos públicos, Constituição federal, LDB 5692/71, DCN e PCN+ de biologia.
As tabelas A1 e A2 apresentando os contextos deram origem a uma tabela para a coleta dos dados, identificada aqui como tabela B1. Essa tabela B1 (expandida) possibilitou recolher os dados, obtidos de parágrafos dos capítulos e, após recolha dos dados, esses foram resumidos e colocados na tabela B2 (resumida).
As Tabelas B1 e B2 (ver apêndice) apresentam colunas com as ocorrências – número de ocorrências, localizações dessas ocorrências, isto é, qual o capítulo, título, seção, parágrafo, página e em alguns casos identificação da figura. Outra coluna apresenta os descritores e por último uma coluna com Tema (contexto). A tabela B2 (resumida), difere da B1 em sua terceira coluna, pois só apresenta os descritores, enquanto que a Tabela B1 apresenta os textos com o sentido, não resumida.
Os parágrafos foram computados de forma direta, isto é, realizou-se a contagem dos parágrafos presentes nas seções dos capítulos, incluindo-se nessa contagem os textos complementares identificados como de “leitura” pelos autores e, os textos dos quadros que complementam as seções. A computação das legendas ocorreu em conjunto com as imagens, como parte das mesmas. Assim como os textos dos exercícios que foram computados em conjunto com as imagens para que pudessem apresentar um sentido.
Os exercícios foram computados e entendidos como parágrafos únicos. E textos e imagens presentes nos exercícios computados em conjunto, com a proposta de fazer um sentido no contexto da saúde. Os dados dos exercícios estão constituindo a tabela C1-vol1 expandida e, C2 –vol1 resumida. Essa tabela C1 é exemplificada a seguir:
Tabela C1_expandida_ Exercícios volume1
OCORRÊNCIAS (Capítulos) Nº DE EXERCÍCIOS PERCENTUAL (%)
1 67 5,58
2 71 4,25
3 98 8,17
4 48 4,00
....... ...... ......

A tabela C2-vol1 resumida apresenta a primeira coluna com as ocorrências, isto é, o total de exercícios no LD e desse total qual apresenta exercícios com contexto da saúde e qual o percentual dos exercícios que não apresentam o contexto, como podemos observar:
TABELA C2_EXERCÍCIOS_RESUMIDA_VOL.1
OCORRÊNCIAS Nº PERCENTUAL (%)
TOTAL NO LIVRO 1199 100%
COM CONTEXTO 16 1,33%
SEM CONTEXTO 1183 98,66%

Realizada a computação dos dados dos exercícios o foco passou a ser as imagens. As imagens computadas correspondem às figuras indicadas por números nos capítulos do LD e acrescidas das imagens que estão dispostas no início de cada um dos capítulos. Imagens e legendas constituem um só grupo de sentido, não estão desvinculadas em nosso recorte. Neste trabalho comungamos com Joly (2007), quando menciona Godard e escreve em seu texto :
“Palavra e imagem são como cadeira e mesa: se você quiser se sentar à mesa, precisa de ambas.” Essa frase recente de Godard sobre a imagem e as palavras é a nosso ver, particularmente judiciosa, porque ao mesmo tempo em que reconhece a especificidade de cada imagem – a da imagem e a das palavras – Godard mostra que se completam, que uma precisa da outra para funcionar, para serem eficazes.”Joly (2007 p.115).
A autora Joly (2007 p.115-122), em sua obra Introdução a análise da imagem, no item 4 de título : A imagem, as palavras, aborda a questão da complementaridade entre imagem e texto, aborda temas como exclusão/interação, verdade /mentira, o revezamento, o símbolo e imagem/imaginário. E procura esclarecer que a presença de um ou de outro – imagem ou o texto - não precisa ser concomitante. Entende-se aqui que da mesma forma deva ocorrer no LD de biologia analisado. Isto é, entende-se aqui como imagem, as TABELAS, GRÁFICOS, FOTOS, QUADROS, ARTES GRÁFICAS, tudo visível que não constitua os parágrafos dos textos e que de alguma forma complementar ou não, contribua para o entendimento da questão da saúde.
As imagens coletas como dados imagens no LD analisado, estão constituindo a Tabela D1-vol expandida e, D2-vol1 resumida. Como os exemplos que seguem:
TABELA_D1_IMAGENS_EXPANDIDA_VOL1
OCORRÊNCIAS/cap. Nº DE IMAGENS PERCENTUAL (%)
1 14 3,88
2 23 6,38
16 12 3,33
17 22 6,11
19 19 5,27
....... ....... .......
TOTAIS 19 360 100,00%

Os dados coletados e que constituem a tabela D1-vol1 foram avaliados e constituem a tabela D2-vol1. Que será utilizada na análise.
TABELA_D2_IMAGENS_RESUMIDA_VOL.1
OCORRÊNCIAS Nº PERCENTUAL (%)
TOTAL NO LIVRO 360 100%
COM CONTEXTO 37 10,27%

SEM CONTEXTO 323 89,73%


A Tabela E1-vol1, apresenta nossa pretensão inicial em analisar os dados obtidos no volume 1 da coleção em estudo. Essa tabela apresenta colunas com as seguintes indicações: 1ª coluna com espaços para a localização dos dados e possui o título VOLUME (V) / CAPÍTULO(C). A 2ª coluna apresenta o título: Nº DE OCORRÊNCIAS DE DESCRITORES*/REPETIÇÃO**. Nessa coluna enumeramos primeiramente o número total de descritores presentes no capítulo, incluindo-se aqueles que foram repetidos. Após isto subtraímos o número total de descritores repetidos e obtemos um total 1. Verificamos quantos são os descritores diferentes entre os que se repetiram e adicionamos ao total 1, que passa a ser então o total de descritores lançados na tabela. A barra serve para separar o total dos descritores do total de descritores repetidos, não importando quantos sejam ou quais sejam, somente importa para o lançamento o número total dos descritores repetidos. Pode-se observar a seguir um exemplo dessa tabela E1 :

VOLUME(V)/CAPÍTULO(C) Nº DE OCORRÊNCIAS DE DESCRITORES*/REPETIÇÃO** Nº DE UNIDADES DE REGISTRO
(PARÁGRAFOS em textos) 3ª ETAPA
???????
sugestão
V1C1 ***41/5 100
V1C2 53/5 127
V1C3 107/35 162
V1C4 AUSENTE AUSENTE/ 70
...... ....... ......

Atualmente por solicitação da orientação construímos novas tabelas Tabela 2A com base em westphal (2006) e discussões nos trabalhos de grupo. Deste modo passamos a coleta dos dados dos volumes 2 e 3 da coleção do LD e os exemplos seguem:
Tabela 2A 05abril_15h28min


ABORDAGEM




DIMENSÃO EDUCACIONAL


Biomédica (B)
Comportamental (C)
Socioambiental (SA)
Constituição 1988 ausente ausente
Amparo legal normatizado pela Lei 5692/71
LEI 5692/71 ausente
Torna obrigatório o ensino de Programa de Saúde.
Responsabiliza o indivíduo .
ausente
PCNEM/PCN+
presente presente Orientações curriculares = competências e habilidades;
Capacitação e empoderamento para enfrentamento de situação-problema;
Inserção por grade curricular;
Ensino por temáticas;
Percepção do impacto das tecnologias .

DCNEM
(PROCESSO 230001.000309/97-46)
PARECER CEB Nº 15/98 ausente
Força de Lei / organiza e normatiza o currículo, incluem-se as competências e conteúdos presentes nas orientações .
ausente

Tabela 2B em andamento 23mar10


ABORDAGEM








DIMENSÕES RELEVANTES
Biomédica (B) Comportamental (C) Socioambiental (SA)
CONCEITO DE SAÚDE Ausência de doenças e incapacidades biológicas. Mecanicismo, unicausalidade, biologicismo, individualismo (o objeto é o indivíduo). excluindo-se o contexto ambiental, social e histórico. Aprimora a abordagem biomédica, transição entre as abordagens biomédica e socioambiental; ações dirigidas à transformação dos comportamentos dos indivíduos. Abordagem higienista, normativa e vigiada (instituições de saúde fiscalizam escolhas e comportamentos individuais). A prevenção indica a responsabilidade individual.

visão positiva de saúde e ressalta o as potencialidades individuais e socioculturais para a produção social da saúde. Saúde um recurso para desenvolvimento da vida; abrange medidas sanitaristas; e as políticas públicas correspondem a meios de alcançar funcionalidades elementares.
BEM/VALOR A saúde resulta da mercantilização das práticas em saúde, tornando-se um bem disponibilizado e adquirido por meio de processos mercantis ou políticos abandono gradual da saúde como bem e a sua incorporação como um valor.
ausente

LEI 5692/71 Torna obrigatório o ensino de Programa de Saúde.
Responsabiliza o indivíduo .
PCNEM/PCN+
Orientações curriculares por competências e habilidades;
Capacitação e empoderamento para enfrentamento de situação-problema;
ensino por temáticas;
percepção do impacto das tecnologias
DCNEM
(PROCESSO 230001.000309/97-46)
PARECER CEB Nº 15/98 Força de Lei / organiza e normatiza o currículo, incluem-se as competências e conteúdos presentes nas orientações .

O reconhecimento da determinação socioambiental da saúde resulta em planejamento e ações governamentais em prol da saúde
NORMATIZAÇÃO DA 5692/71 ausente
PCNEM/PCN+
Orientações curriculares por competências e habilidades;
Capacitação e empoderamento para enfrentamento de situação-problema;
ensino por temáticas;
percepção do impacto das tecnologias
DCNEM
(PROCESSO 230001.000309/97-46)
PARECER CEB Nº 15/98 Força de Lei / organiza e normatiza o currículo, incluem-se as competências e conteúdos presentes nas orientações
Constituição 1988
REPERCURSÃO EDUCACIONAL PCNEM/PCN+
Orientações curriculares por competências e habilidades;
Capacitação e empoderamento para enfrentamento de situação-problema;
ensino por temáticas;
percepção do impacto das tecnologias
DCNEM
(PROCESSO 230001.000309/97-46)
PARECER CEB Nº 15/98 Força de Lei / organiza e normatiza o currículo, incluem-se as competências e conteúdos presentes nas orientações

Exemplo (aplicação da tabela)



ABORDAGEM




DIMENSÕES RELEVANTES


Biomédica (B)


Comportamental (C)
Socioambiental (SA)
CONCEITO DE SAÚDE NÃO HÁ UM CONCEITO PRESENTE,
O CONTEXTO É QUE POSSIBILITA INFERÊNCIAS: EXEMPLO:

O estudo da doença conhecida por diabetes melito, na qual a pessoa afetada tem altos níveis de glicose no sangue, revelou outra função importante da membrana plasmática. No tipo mais comum de diabetes (tardio, ou do tipo II), as membranas celulares da pessoa diabética possuem poucas proteínas receptoras para o hormônio insulina, que dá sinal para as células absorverem glicose. Na falta de receptores do hormônio, pouca glicose penetra nas células e o nível desse açúcar torna-se elevado no sangue, causando o quadro clínico do diabetes melito. Essas novas descobertas podem possibilitar, no futuro, tratamentos mais eficazes e até a cura para esse problema. NÃO HÁ UM CONCEITO PRESENTE,
O CONTEXTO É QUE POSSIBILITA INFERÊNCIAS: EXEMPLO:
A organização Mundial de Saúde mantém vigilância rigorosa e permanente sobre os surtos de gripe, tentando identificar os novos vírus que surgem. Se forem identificados rapidamente, há possibilidade de produzir vacinas e imunizar grande parte da população antes que a epidemia atinja maiores proporções
Vol.2, Parte II, cap.2 p.37, 4º parágrafo.
NÃO HÁ UM CONCEITO PRESENTE,
O CONTEXTO É QUE POSSIBILITA INFERÊNCIAS: EXEMPLO:
Um dos maiores desafios que a humanidade enfrenta atualmente é a preservação do ambiente terrestre. O crescimento acelerado das populações humanas tem levado à destruição de ambientes naturais, à poluição e à extinção de inúmeras espécies. Isso tem afetado a qualidade dos ambientes terrestres, o que reflete diretamente no bem-estar humano.
Vol.1,Parte I, Cap.1 p.9 seção 1.4 – parágrafo 1°

BEM/VALOR Vol.2, Parte II, Cap.2 p.37, seção 2.3 diversidade do ciclo reprodutivo viral– Figura 2.9
Figura 2.9 Cartaz da campanha de vacinação contra a gripe e o tétano (cortesia do ministério da Saúde).
Ministério da saúde, Vacine-se contra a gripe e o tétano. 24 a 28 abril.
Se você tem a partir de 60 anos, procure um posto de vacinação e vacine-se contra a gripe e o tétano. É de graça.
Disque saúde: 080061 1997.
NORMATIZAÇÃO DA 5692/71(Constituição 1988) Vol.2, Parte II, Cap.2 p.49, seção 2.4 Vírus e doenças humanas – quadro de leitura, Parágrafo 3º
Hepatite B, transfusão de sangue, ou contato com fluidos corporais (saliva, leite e sêmen) contaminados. Prevenção vacina produzida por engenharia genética. Uso de camisinha, não compartilhamento de objetos como lâminas de barbear, escova de dentes e seringas, não utilização de agulhas de tatuagem e de equipamentos de piercing não esterilizados, utilização de sangue devidamente testado para transfusões. Vol.2, Parte II, Cap.2 p.42 seção 2.3 diversidade do ciclo reprodutivo viral – parágrafo 2º
A prevenção da infecção pelo HIV, praticar sexo seguro, proteção de preservativos, camisinhas, usar sangue devidamente testado, transfusões, tratar mulheres portadoras do vírus com drogas antivirais durante a gravidez, não amamentar
Ou
Vol.2, Parte II, Cap.2 p.43, seção 2.4 Vírus e doenças humanas – parágrafo 3º Parte II, Cap.2 p.43, seção 2.4 Vírus e doenças humanas – parágrafo 3º
Doenças virais, transmitem pessoa pessoa. Varíola e o sarampo, por exemplo, originaram-se do gado bovino há menos de 10 mil anos, quando populações humanas tornaram-se sedentárias e passaram a conviver com animais domesticados.
(Constituição 1988)
Parte II, Cap.4, seção 4.3 Os prototozoários, p.107, figura 4.32Representação esquemática da doença de Chagas, formas de prevenção da doença de Chagas, proteger portas e janelas com telas, utilizar inseticidas e proteger camas com cortinados.
Ou
Parte II, Cap.4, seção 4.3 Os prototozoários, p.108, parágrafo 1º Atualmente, há vários medicamentos capazes de eliminar o plamódio do sangue. Drogas antimaláricas devem ser ingeridas preventivamente, sob rigorosa orientação médica, por pessoas que visitam regiões com alta incidência da doença.

REPERCURSÃO EDUCACIONAL Vol.1, Cap.1 p.10 – parágrafo último da seção 1.4
A bioquímica e a Biologia molecular deverão melhorar nossa compreensão do fenômeno da vida no nível molecular, permitindo entender com mais clareza tanto os organismos transgênicos como as causas das doenças, facilitando sua cura ou prevenção. Outro ramo da Biologia, a Imunologia, que estuda os mecanismos da defesa do corpo, deverá ter participação fundamental na cura de doenças como o câncer e a aids e na prevenção de epidemias e pandemias que periodicamente assolam o país.
Ou
Apesar dessas considerações sobre transfusões possíveis, nos bancos de sangue dá-se preferência a transfusões entre pessoas com mesmo tipo sanguíneo. Vol.3 Parte I, Cap.3 seção 3.2 – p.46, parágrafo 6°












Vol.1, Cap.3 a base molecular da vida (parte I), p.59 parágrafo 6.
Hoje é comum congelar células vivas e conservá-las em nitrogênio (N2) líquido a uma temperatura de cerca de -196ºC, como se faz com embriões humanos antes de serem implantados no útero materno, nos processos de reprodução assistida.
Ou
Vol.2, Parte II, Cap.2 p.37, seção 2.3 diversidade do ciclo reprodutivo viral– Figura 2.9
Figura 2.9 Cartaz da campanha de vacinação contra a gripe e o tétano (cortesia do ministério da Saúde).
Ministério da saúde, Vacine-se contra a gripe e o tétano. 24 a 28 abril.
Se você tem a partir de 60 anos, procure um posto de vacinação e vacine-se contra a gripe e o tétano. É de graça.
Disque saúde: 080061 1997. A imagem: (foto) (figura b,1.12. pág.15, Vol.1) paciente deitado e um agente da saúde olhando para a tela de um PC onde existe uma impressora e um teclado a legenda informa ser um aparelho médico computadorizado, utilizado para detectar problemas ósseos.
A legenda da figura b: Aparelho médico computadorizado, utilizado para detectar problemas ósseos. Todas as sociedades humanas são capazaes de produzir instrumentos e técnicas para modificar a natureza e utilizá-la em seu benefício. A tecnologia atinge seu máximo desenvolvimento nas sociedades industrializadas modernas, mas além de produzir benefícios, pode causar problemas, como poluição e desequilíbrios ecológicos.
Ou
Vol.2, Parte II, Cap.2 p.37, seção 2.3 diversidade do ciclo reprodutivo viral– Figura 2.10 A e B,
Figura 2.10 A. Criação consorciada de patos e porcos na aldeia chinesa de Zian Fu Chun, China. B. Varredor de rua em Nova Iorque, EUA, durante a epidemia de gripe espanhola de 1918-1921; a máscara era uma proteção contra a infecção pelo vírus.
 NOTA: A imagem está constituída de:
 A) Uma foto colorida que apresentaa uma figura feminina de uma menina oriental , conduzindo quatro patos (aves) por um corredor estreito e ao seu lado esquerdo seis suínos estão separados da mesma por uma parede de alvenaria, um portão de madeira separa a menina dos suínos.(representação de criação consorciada).
B) Uma foto em preto e branco apresentando em primeiro plano uma figura humana varredora da ruas, com uma máscara cobrindo nariz e boca, de seu lado direito há um carrinho com latões de lixo e ferramentas para a coleta do lixo.

A análise
Esboça-se aqui uma possível análise inicial dos dados obtidos no volume 1 da coleção de biologia escolhida. Mas antes de qualquer ensaio nesse sentido, acredita-se ser necessária uma justificativa para o recorte teórico realizado.
A unidade de contexto utilizada aqui é o capítulo e, optou-se por utilizar parágrafos como unidade de registro. Esta opção teórica dá-se devido o número de descritores existentes identificados previamente nas abordagens da saúde e que foram reunidas em sua maioria como constituintes da abordagem biomédica. A idéia de agrupar as abordagens deste modo surgiu com a leitura de texto de Trentini e Cubas (2005), que propuseram o agrupamento de abordagens em Tendências: Biomédica, Ecológica e Social. Além de agrupar algumas das abordagens de bases teóricas mais próximas da biomédica como, por exemplo, biologicista, sanitarista, higienista e fisiologicista. A classificação em abordagens em biomédica, comportamental e socioambiental, têm como referência Whestphal (2006). Uniram-se aqui os descritores obtidos com as abordagens a outros presentes nas Cartas produzidas durante as Conferências Internacionais sobre a promoção da saúde e ainda descritores oriundos da dimensão educacional, presentes em textos das DCNEM e PCN+ de biologia que estão relacionados diretamente com a saúde e a biologia.
Acredita-se aqui que o número elevado número de descritores e o fato constatado de que alguns ocorrem uma única vez possa dar a impressão que qualquer termo de origem biológica ou relativo à saúde, serviria como um descritor. Então para eliminar essa possibilidade opta-se aqui pelo uso de parágrafos que possam através do contexto promover melhor aproximação do objeto de estudo. Os números que seguem talvez possam esclarecer a importância dos parágrafos como unidades de registro.
O volume 1 estudado é constituído de 19 capítulos apresentando 1398 parágrafos e desse total de capítulos, 06 (seis capítulos, portanto aproximadamente 1/3, não apresenta o contexto saúde em seus 239 parágrafos, o que corresponde a aproximadamente 17,09%. De outro lado, os capítulos com o contexto da saúde, apresentam 1159 parágrafos, isto é, aproximadamente 82,90%. É conveniente saber que destes 1159 parágrafos, somente 118 parágrafos, isto é, aproximadamente 10,18% apresentam o contexto da saúde, ou seja, 1041 parágrafos – aproximadamente 89,81% dos parágrafos dos capítulos que abordam o tema saúde, não privilegiam o tema em questão.
A princípio os 2/3 aproximados de capítulos apresentando parágrafos com o contexto saúde. Aproximadamente 82,90% dos parágrafos do LD analisado, estão nesses capítulos. Isto nos parece significativo e, poderia em um primeiro instante fazer com que se acredite que o tema saúde estaria sendo privilegiado até mais que outro(s) tema(s) da disciplina escolar biologia. Afirma-se isso por que restariam em torno de 17,09% de (aprox. 1/3), sem abordar o tema saúde. Porém quando computamos o número de parágrafos que apresentam o contexto da saúde no universo dos 82,90%, verificamos que somente 10,18% apresentam o contexto da saúde, isto é, no universo de tantos capítulos que apresentam o contexto da saúde, somente uns poucos capítulos é que tratam da questão. Acredita-se ser este achado significativo, pois se a unidade de registro fosse outra que não o parágrafo a leitura seria um tanto enviesada. Quando se toma o parágrafo como unidade de registro é possível perceber a disparidade entre uma decisão e outra, que poderia levar a uma afirmativa falsa em relação ao contexto da saúde no LD analisado.
Outra questão é o número de parágrafos (239 parágrafos), com seus 17,09% que não apresentam o contexto da saúde. Caso acredite-se na questão do silenciamento como uma forma de dizer o não dito. Estaria o sujeito leitor aqui inscrito caminhando para uma conclusão equivocada. Entende-se aqui que este percentual não é indicativo de que o não dito seja uma verdade. Basta que analisemos com critério o estabelecido no parágrafo anterior, para que percebamos o fato real. Mesmo aqueles capítulos relacionados com a saúde, apresentam diversos parágrafos que não fazem quaisquer menções a questão da saúde. Além dessa questão do número de parágrafos há que se pensar no número de descritores encontrados. Esse número grande incita-nos ao reducionismo epistemológico. Que acreditamos poder induzir ao erro ou não permitir uma conclusão plausível.
Acredita-se também que o percentual de um determinado descritor em relação a outro, não deva ser mensurado com objetivo de avaliá-los quantitativamente de forma comparativa. E o argumento é que um dado descritor pode apresentar um sentido diferente do outro, por exemplo, medida preventiva e prevenção. A primeira pode se referir ao procedimento, isto é, a própria medida ou o ato que o sujeito deverá apresentar em face à situação. O mesmo se dá com o descritor prevenção. Aqui a importância se dá através do contexto, que por si é capaz de modificar o sentido do descritor.
Há também que se pensar a questão das imagens relacionadas com a saúde e a dimensão educacional, presentes no LD analisado. As imagens aqui foram entendidas como constituindo um só grupo, um conjunto constituído de legendas e textos explicativos.
Entende-se que em se tratando do LD cujo objetivo é levar um “saber” ao aluno e segundo discursos presentes em vários textos da área pedagógica, o saber do educando deve ser avaliado, respeitado, levado em consideração. Então se entende que a leitura das imagens quando, e, se realizada pelos alunos, deva ser uma leitura carregada dos seus saberes e das suas vivências. Como segue a afirmativa: “Uma imagem. Cualquiera que sea su naturaleza, nos permite proyecciones em base a nuestra historia personal y nuestro contexto” , Aparici, Garcia Matilla e Valdivia Santiago (1992, p.193). Isso leva a crer-se que em determinados conteúdos se os alunos não possuem essa historia pessoal, então as imagens unidas aos textos devem ser esclarecedoras, pois caso contrário poderia não haver o entendimento, a transposição do saber poderia não ocorrer. Isso corrobora com a questão mencionada na metodologia onde concordamos com Joly (2007).
Acredita-se aqui que a compreensão ou o entendimento de alguns assuntos da biologia, necessite de um contexto e que a imagem seja coadjuvante ou não em algumas situações. Acreditando dessa forma o nosso recorte foi o que entende a imagem e o texto como vinculados. E como resultado se obteve dados que possibilitam concluir temporariamente que, como ocorre com os textos em relação aos parágrafos. Também ocorre com as imagens, pois o percentual de imagens com o contexto saúde é de aproximadamente 10,27%, do total no LD. A visão quantitativa dos dados parece indicar uma ausência de preocupação com o tema saúde ou os autores não relacionam a saúde com a questão da produção dos textos de biologia, pois os valores encontrados foram esses observados na tabela que segue:
TABELA_D2_IMAGENS_RESUMIDA_VOL.1
OCORRÊNCIAS Nº PERCENTUAL (%)
TOTAL NO LIVRO 360 100%
COM CONTEXTO 37 10,27%

SEM CONTEXTO 323 89,73%




Entende-se nesse trabalho que textos e imagens corroborem com o mesmo pensar, já que os resultados obtidos na coleta dos dados apresentam as mesmas tendências e, acredita-se que como uma possível consequência os exercícios ao final da cada um dos 19 capítulos, também apresentem as mesmas tendências. O fato parece-nos também se repetir, só que com um percentual de 1,33% de exercícios com o contexto da saúde, acreditamos ser muito menor do aquele que se esperava, como se pode observar na Tabela C2-vol, que segue:
TABELA C2_EXERCÍCIOS_RESUMIDA_VOL.1
OCORRÊNCIAS Nº PERCENTUAL (%)
TOTAL NO LIVRO 1199 100%
COM CONTEXTO 16 1,33%
SEM CONTEXTO 1183 98,66%

Afirma-se aqui ser muito menor porque envolvem os PCN+ de biologia, as Conferências sobre a saúde, a promoção da saúde e as abordagens da saúde que com suas considerações esperávamos influenciar muito mais a construção do LD de biologia e, deste modo, se deveria encontrar percentuais mais significativos em relação à saúde.
Uma questão é será que os números encontrados refletem a opinião dos autores do LD? Será que a abordagem relativa à saúde é mesmo uma preocupação desses autores? As ausências seriam significativas na questão da educação escolar no âmbito da saúde? O volume de conteúdos que deve ser ministrado na disciplina escolar biologia é grande.. Então se pergunta: os números encontrados não iriam satisfazer muito mais do que o esperado, na questão da educação em saúde?
Após essas perguntas toma-se aqui o caminho da análise final. Caminho cuja constituição se dará não só através de aspectos da AC, mas da corroboração da Análise Textual Discursiva (ATD).
No conjunto dos metatextos que constituem o LD de biologia analisado, os atores não parecem privilegiar a formação do cidadão e também não transmitem uma preocupação com a sustentabilidade do meio ambiente em relação a saúde, como o preconizado nas Conferências Internacionais de Saúde. Os autores parecem muito mais preocupados com a transposição dos conteúdos de biologia, ciência de referência, para a ciência escolar biologia. O tema saúde humana não é privilegiado, pois caso contrário, iríamos encontrar um discurso presente na maior parte dos parágrafos analisados que estaria relacionado com o contexto da saúde associado à dimensão educacional.
Entende-se o conjunto de dados emergente como uma consequencia do estudo da biologia como disciplina escolar e, reflexo da transposição de conhecimentos da ciência de referência. Opta-se aqui por essa posição, pois os descritores presentes são comuns às duas situações, isto é, do contexto da saúde na dimensão educacional, com influência das abordagens de saúde e, da disciplina biologia como disciplina escolar sem o contexto em questão. Esses descritores coletados com utilização das unidades de registro, poderiam facilmente constituir só texto de um ou de outro aspecto. Acredita-se que o contexto é que seria determinante para se concluir em favor do pensamento de que a questão da saúde não é uma preocupação relevante na obra analisada.
Entende-se aqui como Galiazzi e Moraes (2007, p.14), que resultados obtidos dependem dos autores dos textos, mas a leitura dependa em parte de como esteja constituído também do pesquisador, qual a sua leitura de mundo. Entende-se que a leitura dos textos possa não permitir para alguns leitores inscritos, uma leitura crítica, mesmo que o texto apresente uma polissemia implícita (GALIAZZI, 2007) a Leitura com seu caráter denotativo ou conotativo segundo Galiazzi e Moraes (2007), é dependente da interpretação do leitor, dos seus conhecimentos e de sua inserção em qual tipo de discurso. Segundo Olabuenega e Ispizua (1989), apud Galiazzi e Moraes (2007, p.14), a leitura poderia ser direta do sentido manifesto ou mais aprofundada do sentido latente.
E finalmente de volta à questão de pesquisa algumas conjecturas prévias são pertinentes – ainda falta analisar dois volumes da obra. As abordagens de saúde estão presentes no LD analisado? Os PCN+ de biologia de alguma forma apresentam suas abordagens aqui presentes? As dimensões da educação em Saúde, estão representadas de alguma forma?
De certa forma a princípio podemos dizer que sim, pois a questão da saúde individual é abordada na obra analisada e, tanto os PCN+ de biologia, como as abordagens da saúde e DCN mencionam de forma direta ou indireta a questão da saúde individual. É evidente que a questão da abordagem socioambiental é a de menor representatividade nos parágrafos analisados e que a abordagem biomédica tem maior percentual. Entende-se também que o fato de apresentar uma grande participação da abordagem biomédica, não significa que a saúde seja tratada no LD analisado com a capacidade de esclarecer todas as questões da saúde, e de sua promoção. Acredita-se aqui como Whestphal (2006, p.639), que a abordagem biomédica em países em desenvolvimento seja incapaz de solucionar todas as questões propostas. Simultaneamente não se pode afirmar que utilizar essa ou aquela abordagem tenha sido uma preocupação direta dos autores do LD analisado. Parece-nos muito mais uma consequência direta da disciplina escolar em questão e da ciência de referência.
Outra questão é o “empoderamento”, um princípio presente nas conferências, na abordagem comportamental e socioambiental e PCN+ e que não se encontra menção alguma nos textos analisados. Na realidade o nosso entendimento de tais abordagens existe, como leitor instituído, mas não é explícito nos textos, alcançamos esse entendimento por que utilizamos o contexto da saúde e as dimensões educacionais. A coleta dos dados até aqui não nos permite afirmar com certeza se a construção da obra recebeu influência direta deste saber ou, por exemplo, do PNLD. Será que os autores consultaram essas dimensões sociais e educacionais antes da construção da obra? Ou o que surge é mera coincidência. As figuras escolhidas, por exemplo, são conseqüências de fatores externos a ciência de referência ou não.
Acredita-se que com o desenvolver da pesquisa se possa ao final esclarecer alguns dos pontos estabelecidos no projeto de pesquisa cujas perguntas ainda carecem de esclarecimentos. Ainda que tenhamos só um esboço, certa direção parece delinear-se ao final da análise do volume 1. E espera-se que o estudo dos outros dois volumes restantes possa levar a algum esclarecimento e a indicação de novas pesquisas no campo.

Colocar
na referência biblibiográfica:
Desenvolvimento dos Instrumentos de Avaliação da Qualidade de Vida
na Infecção VIH da Organização Mundial de Saúde (WHOQOL-HIV;
WHOQOL-HIV-BREF) para Português de Portugal: Apresentação de um
projecto
Maria Cristina CANAVARRO1, Mário SIMÕES2, Marco PEREIRA3 & Ana Luísa PINTASSILGO4/2004). Ciências da Educação da Universidade de Coimbra.

TENDÊNCIAS DA PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO BRASIL
Ana Carolina Dias Vila1,Vanessa da Silva Carvalho Vila2 Rev Latino-am Enfermagem 2007 novembro-dezembro; 15(6)
www.eerp.usp.br/rlae
NAOMAR, A., F., JUCÁ V., Saúde como ausência de doença: crítica à teoria funcionalista de Christopher Boorse, Ciência & Saúde Coletiva, 7(4):879-889, 2002.

APARICI, R.; GARCIA M., A., e SANTIAGO V., Manuel; La Imagem, Grabar. Comunicación Gráfica Digital, S.L., Madrid, 1992.
GALLIAZI, M.,C., MORAES, R., Análise Textual Discursiva, Editora Unijuí, Associação Brasileira das Editoras universitárias; Rio Grande do Sul,2007.
Westphal, M.F. Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças. In: CAMPOS, GWS et. al. (orgs.). Tratado de Saúde Coletiva. São Paulo: HUCITEC; Rio de Janeiro: Ed . FIOCRUZ, 2006. p. 635-68.
JOLY, M., Introdução à análise da imagem 11ª Edição, Editora Papirus, 2007.

Goiabas e bichos. - ETJLN/ EREBIO

ANAIS DO IV ENCONTRO REGIONAL DE ENSINO DE BIOLOGIA RJ/ES
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO SEROPÉDICA,
RJ.OUTUBRO 2007
III V E R E BI I O R J // / E S●U F R R J ●2 0 0 7
A GOIABEIRA: GERANDO CONTEÚDOS, MOTIVANDO E RECONHECENDO O
SABER PRÉVIO
Marco Antonio Rocha Silva 1
Elisabeth Guilhermina dos Santos 1
INTRODUÇÃO
O presente trabalho  é fruto de nossas observações como
professores de biologia, em cursos Técnicos Na Escola Técnica João Luiz do Nascimento atualmente
constituindo uma das unidades da FAETECRJ.
O tempo permitiu-nos acumular experiências por vários anos e tem mostrado que determinados temas de biologia poderiam fazer parte dos conteúdos programáticos dos cursos da Escola e não o fazem. Há ainda um discurso que permeia o ambiente desta escola, segundo o qual alunos dos cursos técnicos, em sua maioria, não vêem a razão ou motivo de estudar biologia. Nós acreditamos que a utilização de um tema gerador , com participação efetiva dos alunos, possa aumentar ou despertar o interesse por determinados assuntos (conteúdos), ora não contemplados, e ao mesmo tempo privilegiar um conhecimento prévio dos educandos. Não entendemos aqui que devamos pensar pelos alunos, e formar um conjunto de assuntos conexos, como acredita Azevedo (2005: 636). Acreditamos que, além de simultaneamente analisar alguns pontos de nosso programa de ensino em relação aos conteúdos ministrados e aqueles que segundo nossa opinião deveriam ser agraciados, o presente trabalho serviria como argumentação para novas ações, baseadas não só no conhecimento dos professores, mas respaldados pela participação efetiva dos educandos. Como exemplo de tópicos não estudados em nossa escola, podemos citar: O método científico, origem da vida, morfologia vegetal, os diversos tipos de reprodução, e fisiologia vegetal. E partindo da premissa que um tema gerador como o Projeto goiabeira poderia ser um aglutinador de vários conteúdos em biologia, e motivador se ocorrerem com a participação do aluno. Poderíamos então talvez atingir nossos objetivos como: contemplar temas, privilegiar o saber prévio e obter maior participação e interesse dos alunos. Optamos por uma pesquisa qualitativoquantitativa, já que passamos à produção de um questionário (préteste) com perguntas abertas e subjetivas, e que tinham como objetivo verificar a existência ou não de um saber prévio e que saber era este, caso ocorresse. Foram convocados alunos como voluntários para que respondessem ao questionário. Apresentaram-se cinco alunos, todos estudantes de segunda série dos Cursos Técnicos em Edificações e Eletrotécnica.
DESENVOLVIMENTO
1. Etapa inicial
Inicialmente submetemos o pré-teste aos alunos e, após terem respondido, os mesmos foram dispensados, sem que fizéssemos quaisquer observações sobre as respostas obtidas, e que serão comentadas adiante, isto com o objetivo de não interferir inicialmente em um saber prévio que pudesse existir e viesse alterar dados obtidos na continuidade do trabalho. Após 18 dias, solicitamos aos alunos que, em uma goiabeira existente no espaço escolar, isolassem algumas goiabas com sacos de papel, amarrados com barbantes e outros frutos foram mantidos sem os sacos, isto é, não foram isolados do meio ambiente (nossa proposta é que funcione como um grupo controle, muito embora os alunos não saibam de nossa intenção).
Algumas goiabas (Pisidium guajava L.) (Myrtaceae), que foram isoladas por sacos de papel, apresentavamse
intactas e foram identificadas com o número um, outras, que apresentavam lesões, como cicatrizes circulares, foram identificadas com o número zero. O material escolhido para ensacar os frutos foi saco de papel adquirido no mercado e amarrado com barbante de oito fios, o procedimento foi acompanhado pelos professores envolvidos com o trabalho.
2. Etapa inter mediár ia
Enquanto aguardávamos os resultados do crescimento e amadurecimento das goiabas, resolvemos verificar se goiabas produzidas em outros locais no município de Nova Iguaçu e que apresentam sinais (cicatrizes) semelhantes aos encontrados nas goiabas de nosso trabalho, apresentam ou não alterações em seu interior como nós, os professores, esperávamos que ocorresse e que pretendíamos verificar na ausência dos alunos, para tentar confirmar ou não nossas crenças científicas que quando as goiabas apresentam as marcas, é porque foram contaminadas por insetos e, portanto, devem conter em seu interior larvas dos mesmos
durante em desenvolvimento Amabis & Martho, (2006 p.11vol. 1.).
 Como esperávamos, as goiabas que mostravam as cicatrizes indicativas de contaminação por insetos estavam com larvas de insetos, confirmando nossa expectativa e larvas em etapas diferentes de desenvolvimento.
Nossa proposta aqui era repetir o procedimento na escola quando os frutos estivessem maduros, e sem que fizéssemos quaisquer colocações em presença dos alunos sobre o resultado encontrado, já que desejávamos a construção de conhecimentos pelos alunos.
Durante o mês de janeiro do corrente ano choveu praticamente todos os dias. Como conseqüência, os sacos de papel utilizados foram danificados pela água. Como medida, resolvemos substituir os sacos rasgados (danificados), junto com os alunos.


Resolvemos ainda, na ausência dos alunos, verificar o resultado até então obtido, isto

é, tomamos alguns frutos que foram ensacados e observamos que existiam sacos que receberam o número zero, portanto não deveriam ter sido contaminados pelos insetos, o que não constituiu uma verdade, pois observamos larvas em desenvolvimento. Devemos deduzir que a falta de prática por parte dos alunos levou ao ensacamento de alguns frutos de forma errada? Este fato serviu para uma discussão durante a fase final, quanto à não eficácia obrigatória de uma pesquisa com a utilização do método científico . E então pudemos discutir onde teria ocorrido o erro.
Entendemos ainda que em uma segunda etapa deste trabalho os alunos deverão consultar agricultores ou fruticultores para devidos esclarecimentos, já que a proposta é que estes construam o saber. Dos frutos coletados, no dia do re-ensacamento e que apresentavam
larvas, guardamos algumas que se tornaram pupas. Aguardamos o desenvolvimento ou não
das pupas, isto é, formas presentes no desenvolvimento de algumas espécies de insetos, que
poderia levar a discussão do papel dos lisossomos, da apoptose celular e outros assuntos em
etapas do desenvolvimento dos insetos holometábolos, isto é, insetos que apresentam durante
seu desenvolvimento as fases de ovo , larva, pupa ou crisálida e imago (forma do inseto adulto) Storer, T. E Usinger L.R., (1977).
3. Etapa final
No dia 29 de Janeiro de 2007, convocamos os alunos, retiramos as goiabas gradativamente de seus sacos e simultaneamente cada um dos comentários dos alunos, que no momento nos parecia mais relevante, era então devidamente anotado para posterior análise. Os comentários realizados pelos alunos foram enumerados a seguir, sem qualquer interferência:
• O saco com o número um (01) ficou com fungos, apresentou uma polpa escura e casca
também escura, com buraco no saquinho. O furinho é feito pelo bichinho quando quer sair.
Os sacos com número zero que têm furo, não têm larvas! Ué!
• Tem sacos com número 1 com larva durinha (aluna se referia à mudança de fase), será que
a larva durinha virou o besouro que vimos?
(Nota: de alguns sacos saíam insetos quando os mesmos eram abertos).
• Os frutos que não possuem marcas não têm larvas. (aluno concluindo sem que perguntas
tivessem sido feitas).
• Na casca existem algumas marcas, mas essas marcas não passam pra polpa. (aluno se
referindo aos sacos com número 1, onde as goiabas não apresentavam larvas).
• Os frutos que não estavam ensacados apresentam marcas que ultrapassam a casca até a
polpa possuem larvas. (Aluno explicando porque alguns sacos com o número 1 os frutos
tinham larvas e em outros não).
Após as anotações supracitadas, resolvemos que nosso novo encontro será no início do
período letivo (fevereiro ou março), quando pretendemos retomar as discussões com os
alunos.
4. Considerações sobre o pr éteste
Em uma análise inicial das respostas obtidas com o préteste,
é interessante verificar
que todos os alunos já ouviram falar ou constataram a presença de larvas (bicho) na goiaba,
mas não apresentaram uma resposta categórica e por nós aceita, para explicar como ocorre a
contaminação. Entre as explicações verificamos as seguintes:
· Vem com o vento ;
· Os frutos produzem substâncias que facilitam a chegada dos animais;
· São trazidos nos bicos dos pássaros;
· São bactérias que entram pelas raízes e tornamse
bichos no fruto;
· São bactérias que vêm no vento ou que perfuram a casca e entram no fruto.
Quando perguntados como fariam para evitar a contaminação dos frutos

Propuseram:
· Usar um predador;
· Isolar os frutos com telas;
· Colocar a planta em ambiente livre de microorganismos ou;
· Utilizar um tipo de agrotóxico.
Na pergunta número 4 (quatro), em que os alunos deveriam responder ou propor uma
solução para o grupo controle quando só teríamos uma planta (pé de goiaba), um aluno
respondeu que deveria isolar a raiz para evitar a contaminação e os outros responderam: não
sei. Caberia aqui uma pergunta: eles sabem o que é um grupo controle? (era nossa quinta
pergunta) ao que todos responderam: não sei .
Perguntados sobre isolarmos os frutos para evitar a presença de bichos, todos
concordaram, mas não sabiam como e ainda assim todos concordaram que isolando os frutos
estes não teriam bichos. Ainda em resposta ao préteste
quando a pergunta foi: Será que
ocorrendo a contaminação por bichos em um fruto, todos os outros também serão
contaminados através do caule? Explique. Nossa pergunta apresenta uma indução ao erro,
para verificar o conhecimento prévio de morfologia vegetal, ou ainda se ocorria alguma
ausência de seriedade quando respondiam ou um possível saber que não tenha sido
diagnosticado em perguntas anteriores. Nos alunos respondentes encontramos quem
discordasse, justificando que a contaminação seria diretamente sobre o fruto , porém um
aluno concorda com a afirmativa, acrescentando que a “bactéria viraria bicho ”, e um outro
aluno que afirma: o fruto cai no chão, se decompõe e sendo aproveitado pela árvore provoca
a contaminação dos frutos e por fim um aluno afirmou não saber. Quando a pergunta era se
ao podarmos o vegetal (planta) os frutos iriam crescer mais, três (03) concordaram um
discordou e outro afirmou não saber . Nosso último item no préteste
solicitava um
comentário livre e os alunos responderam ser interessante participar do trabalho por este
trazer alguma contribuição para descobrir o caminho certo, para ajudar aprender para as
provas, pois é legal ou que esclareceria dúvidas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
É intrigante o fato que os alunos seguiram as recomendações sem qualquer
questionamento, porém é estimulante cada colocação feita durante a observação dos frutos na
etapa intermediária, sugerindo sem sombra de qualquer dúvida que os alunos literalmente
chegam às conclusões, sem sequer cogitar a possibilidade de erros conceituais na presença do
professor. As observações realizadas pelos alunos sobre as larvas e os insetos adultos
encontrados são instigantes quanto à discussão sobre saber prévio, e estimulante quanto à
questão dos assuntos que poderiam ser contemplados em uma discussão com alunos dos
diversos cursos técnicos da escola em questão.
Entendemos que este trabalho deva continuar durante o ano letivo de 2007/8, para que
possamos esclarecer alguns pontos não discutidos com os alunos, e que poderiam futuramente
constituir conteúdos contemplados em nosso currículo escolar de biologia, isto além de
passarmos por outras etapas, que incluam, por exemplo, a pesquisa de campo com
fruticultores com o objetivo de respaldar nosso trabalho de forma prática com vivência e
saberes outros que não os do âmbito escolar. Concordamos com Moreira & Ostermann (1993)
em A questão do método p.11415,
onde afirma que a atividade científica não é uma espécie
de receita infalível como parecem sugerir os livros didáticos e como professores podem estar
ensinando. Logo não pretendemos seguir a visão fechada de um método científico rígido
como apregoado sistematicamente nos livros didáticos, mas sim possibilitar a construção do
conhecimento.
É nossa proposta ainda produzir um filme digital e transparências com o material
produzido durante o trabalho até aqui realizado. Pretendemos, a partir do trabalho dos alunos,
com depoimentos, elaborar formas de incentivo para a continuação do trabalho em outras
turmas da escola. Entendemos que as ações propostas possibilitarão que concluamos ou não,
quanto à questão do tema gerador, e demais discussões em relação aos conteúdos
programáticos não privilegiados em nossa escola, e que foram colocadas anteriormente como
objetivos deste trabalho.
BIBLIOGRAFIA
AMABIS, J.M. & MARTHO, G.R., Ed.vol.1, Moderna São Paulo, 2006.
AZEVEDO, A. L., (2005). Uma proposta de orientação curricular de biologia no ensino
médio , Anais do I ENEBIO e III EREBIO RJ/ES, p.635636,
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STORER, T. e USINGER L.R. Zoologia geral, tradução FROEHLICH, C.G. CORRÊA, D.D.
e SCHLENZ, E. Companhia editora nacional, terceira edição, São Paulo, 1977.
MOREIRA, M. A. e OSTERMANN, F. (1993) em A questão do método, Caderno
Catarinense de Ensino de Física 10(2), Florianópolis: UFSC, 1993.
NARDI, R. (org), Questões atuais no Ensino de Ciências, construtivismo e Ensino de ciências
de Fernando Bastos, p.925,
São Paulo: Escrituras, 1998.

FLORES

Textos FLOR INCOMPLETA (CALICE\COROLA) ACLAMÍDEA SEM CALICE Em botânica, o cálice é o conjunto de todas as sépalas de uma flor, sendo, portanto, o verticilo mais externo das flores e fazendo parte das suas estruturas estéreis. O cálice pode se apresentar dialissépalo – quando as sépalas são livres entre si – ou gamossépalo – quando estas são unidas entre si em maior ou menor grau. MONOCLAMÍDEA SEM CALICE OU SEM COROLA Corola é o nome dado ao verticilio interno do perianto da flor, quase sempre vistoso. O conceito pode ser definido de forma mais sintética e simplista como o conjunto de folhas modificadas de uma flor(pétalas). As pétalas costumam estar dispostas livres entre sí ou fusionadas às outras. Quando fusionadas, a porção estreita basal recebe o nome de tubo, a porção superior livre limbo, e a abertura fauce FLOR INCOMPLETA (GINICEU\ANDROCEU) MONOCLINA COMPLETA Estames e carpelos O estame é o órgão masculino das plantas que produzemflores: Angiospermas (fanerógamas). Um estame é constituído por três partes: antera, conectivo efilete.  Antera: Parte superior do estame, com formato globuloso. Contém os microsporângios que produzem os esporoshaplóides, denominados grãos de pólen (gametasmasculinos)  Conectivo: Pequena estrutura que liga a antera ao filete  Filete: Haste que liga o receptáculo da flor à antera A maioria das flores possui seis estames dentro de umperianto (conjunto das pétalas e sépalas). Ao conjunto dos estames dá-se o nome de androceu DÍCLINA INCOMPLETA (FALTA GINICEU OU ANDROCEU) estaminada Só estames pistilada Só carpelos Pistilo corresponde ao conjunto de órgãos femininos das flores das Angiospermas: o estigma, o estilete, e o ovário. O termo "pistilo" é a forma mais popular do termo "gineceu", mais aceito entre os botânicos. VEGETAL MONOICO FLOR MONOCLINA COMPLETA FLOR DICLINA INCOMPLETA DIOICO FLOR DICLINA MASCULINA FEMININA VEGETAL DICOGAMIA Amadurece pólen ou oosfera em época diferente (p.169) PROTRANDRIA Primeiro o androceu (estames) PROTOGINIA Primeiro o giniceu (pistilos) FRUTO(OVARIO) PERICARPO EPICARPO Em botânica, chama-se epicarpo ou exocarpo à parte externa ou epiderme dos frutos das angiospérmicas, a porção mais superficial do pericarpo.[1] MESOCARPO Em botânica, chama-se mesocarpo à região do fruto das angiospermas que fica entre o epicarpo e o endocarpo e que nas bagas é geralmente carnudo[1]. ENDOCARPO Em botânica, chama-se endocarpo à região do fruto das angiospermas que protege a semente e é muitas vezes lenhoso, como nas nozese nas pêssegos e frutos aparentados.[1]. SEMENTE ÓVULO